Olá pessoal,
Segue matéria muito interessante que consta os resultados obtidos com a restrição da circulação de caminhões no centro expandido de São Paulo(100km) das 5h00 às 22h00.
Vocês irão notar perfeitamente, a consequência da falta de integração e coordenação de ações.
Eles(a prefeitura) amenizaram "em partes" um problema (trânsito), e foi criado um outro problema (excesso de barulho a noite) que também precisa de solução!
Acredito que nenhuma ação tomada de maneira radical é satisfatória, o ideal é que o equilíbrio seja encontrado.
Qual a solução que você acha mais adequada?!
Aguardo seu comentário.
Abraço,
Fabiana
Segue matéria muito interessante que consta os resultados obtidos com a restrição da circulação de caminhões no centro expandido de São Paulo(100km) das 5h00 às 22h00.
Vocês irão notar perfeitamente, a consequência da falta de integração e coordenação de ações.
Eles(a prefeitura) amenizaram "em partes" um problema (trânsito), e foi criado um outro problema (excesso de barulho a noite) que também precisa de solução!
Acredito que nenhuma ação tomada de maneira radical é satisfatória, o ideal é que o equilíbrio seja encontrado.
Qual a solução que você acha mais adequada?!
Aguardo seu comentário.
Abraço,
Fabiana
Caem multas de caminhões e aumenta barulho à noite
Fonte: Jornal da Tarde 25/3/2009
Obrigados pela legislação municipal a circular apenas à noite e de madrugada dentro do Centro Expandido da capital, os grandes caminhões causam cada vez mais transtornos aos paulistanos.
Dez meses depois de adotadas as medidas restritivas por parte da Prefeitura, os números da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostram que as multas aplicadas aos veículos pesados que desrespeitam a Zona Máxima de Restrição de Circulação (ZMRC) durante o dia caíram 60% ao mês, entre julho de 2008 e fevereiro deste ano - um sinal de que empreiteiras, transportadoras, supermercados se adaptaram às medidas. Em julho, primeiro mês da restrição, foram 23.532 autuações. Em fevereiro deste ano, 9.361.
Ao mesmo tempo, aumentou o conflito dos caminhões com a Lei do Silêncio, que garante o sossego vetando barulhos entre 22 e 7 horas - justamente o período em que esses veículos, com base no rodízio, são mais utilizados.
De agosto a dezembro foram 1.595 reclamações de excesso de barulho de obras, inclusive caminhões, à noite ao Programa de Silêncio Urbano (Psiu) da Prefeitura, com médias mensais de 230, mais que o dobro da média de 2007, ano anterior a ZMCR, de 110. O pico foi em setembro de 2008 - 413 reclamações, 83% a mais do que em 2007.
Mas o cidadão que procura o Psiu para reclamar dos ruídos recebe a informação de que uma queixa pode levar de 10 dias até seis meses para ser apurada.
“Foi o prazo que me deram: seis meses. Até lá, a obra já terá acabado. O problema é que deixaram de fazer barulho de dia e passaram a fazê-lo apenas a noite, depois de 22h30”, reclama Pedro Durán Miletti, vizinho de uma obra de demolição na Av. Paulista.
Quem prefere acionar a polícia ouve frequentemente que “é de madrugada mesmo” que os caminhões podem andar e, assim, também fica de mãos atadas. “Registramos boletim de ocorrência, chamamos a polícia, Psiu, mas disseram que não poderiam fazer nada. Todos os nossos canais foram esgotados”, lamenta Miá Melo, que mora na Alameda Franca.
Há meses, ela e os vizinhos não conseguem dormir com o barulho de obra na qual o trânsito de caminhões é intenso de madrugada e no início da manhã, antes de ter iniciado a proibição de circulação dos caminhões, que vale das 5 às 21 horas. Desesperados, os moradores desse edifício organizaram um abaixo-assinado.
Um dos engenheiros responsáveis por esta construção conversou com o Jornal da Tarde e disse que, quando necessário, carrega caminhões à noite. “Temos uma autorização para isso”, afirmou.
“É uma situação gravíssima, porque o trânsito e o sossego se contrapõem”, avalia Waldir de Miranda Arruda, especialista em Direito Imobiliário e autor de Perturbações Sonoras nas Edificações Urbanas. Segundo ele, que é especialista em ações na Justiça sobre o assunto, o que vale, em última análise, é o direito que o paulistano tem de dormir em paz. “Quem está fazendo o ruído é que deve se entender com a Prefeitura.”
Entidade quer vagas de Zona Azul
O setor de construção civil vai encaminhar à Prefeitura, nos próximos dias, propostas para tentar diminuir os conflitos gerados com a restrição aos caminhões. Representantes desta área, de supermercados e de transportadoras reclamam dos sacrifícios impostos pelo decreto que limitou a circulação dos veículos pesados durante o dia em uma área de 100 km², pouco maior que o Centro Expandido.
Eles dizem que, se seguirem o decreto que impede o trânsito de dia e a Lei do Silêncio, que veta barulho à noite, a cidade para: não sobraria horário para caminhão.
Uma das ideias que estará na mesa do prefeito, adianta o engenheiro Odair Senra, diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), é solicitar que as vagas de Zona Azul em frente a obras sejam liberadas para a parada de caminhões.
“Assim, por períodos determinados, poderíamos carregar e descarregar materiais”, explica Senra. Segundo ele, os conflitos entre as normas de trânsito e de silêncio deveriam estar no centro das discussões desde o início da norma. “A Prefeitura criou leis em épocas distintas e elas se chocaram.”
Outra entidade que prepara um questionamento à lei é o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga (Setcesp). Francisco Pelúcio, o presidente, diz que vai pedir o fim das restrições aos caminhões leves, os Veículos Urbanos de Carga (VUCs). Desde 1º de agosto de 2008, os VUCs obedecem a um rodízio de placas pares e ímpares na ZMRC, de 10 a 16 horas, além do rodízio normal de veículos. A medida, que foi prorrogada em outubro, vale até 30 de abril. “Fica aquela dificuldade para circular, sempre. Vamos pedir a liberação dos VUCs em audiência com o prefeito em abril.”
A Associação Paulista de Supermercado diz que teve alta de até 30% nos custos com logística de transportes por conta das restrições. O vice-presidente de comunicação, Martinho Moreira, afirma que os estabelecimentos já estão adaptados. “A solução foi optar por entregas fracionadas”.
Obrigados pela legislação municipal a circular apenas à noite e de madrugada dentro do Centro Expandido da capital, os grandes caminhões causam cada vez mais transtornos aos paulistanos.
Dez meses depois de adotadas as medidas restritivas por parte da Prefeitura, os números da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostram que as multas aplicadas aos veículos pesados que desrespeitam a Zona Máxima de Restrição de Circulação (ZMRC) durante o dia caíram 60% ao mês, entre julho de 2008 e fevereiro deste ano - um sinal de que empreiteiras, transportadoras, supermercados se adaptaram às medidas. Em julho, primeiro mês da restrição, foram 23.532 autuações. Em fevereiro deste ano, 9.361.
Ao mesmo tempo, aumentou o conflito dos caminhões com a Lei do Silêncio, que garante o sossego vetando barulhos entre 22 e 7 horas - justamente o período em que esses veículos, com base no rodízio, são mais utilizados.
De agosto a dezembro foram 1.595 reclamações de excesso de barulho de obras, inclusive caminhões, à noite ao Programa de Silêncio Urbano (Psiu) da Prefeitura, com médias mensais de 230, mais que o dobro da média de 2007, ano anterior a ZMCR, de 110. O pico foi em setembro de 2008 - 413 reclamações, 83% a mais do que em 2007.
Mas o cidadão que procura o Psiu para reclamar dos ruídos recebe a informação de que uma queixa pode levar de 10 dias até seis meses para ser apurada.
“Foi o prazo que me deram: seis meses. Até lá, a obra já terá acabado. O problema é que deixaram de fazer barulho de dia e passaram a fazê-lo apenas a noite, depois de 22h30”, reclama Pedro Durán Miletti, vizinho de uma obra de demolição na Av. Paulista.
Quem prefere acionar a polícia ouve frequentemente que “é de madrugada mesmo” que os caminhões podem andar e, assim, também fica de mãos atadas. “Registramos boletim de ocorrência, chamamos a polícia, Psiu, mas disseram que não poderiam fazer nada. Todos os nossos canais foram esgotados”, lamenta Miá Melo, que mora na Alameda Franca.
Há meses, ela e os vizinhos não conseguem dormir com o barulho de obra na qual o trânsito de caminhões é intenso de madrugada e no início da manhã, antes de ter iniciado a proibição de circulação dos caminhões, que vale das 5 às 21 horas. Desesperados, os moradores desse edifício organizaram um abaixo-assinado.
Um dos engenheiros responsáveis por esta construção conversou com o Jornal da Tarde e disse que, quando necessário, carrega caminhões à noite. “Temos uma autorização para isso”, afirmou.
“É uma situação gravíssima, porque o trânsito e o sossego se contrapõem”, avalia Waldir de Miranda Arruda, especialista em Direito Imobiliário e autor de Perturbações Sonoras nas Edificações Urbanas. Segundo ele, que é especialista em ações na Justiça sobre o assunto, o que vale, em última análise, é o direito que o paulistano tem de dormir em paz. “Quem está fazendo o ruído é que deve se entender com a Prefeitura.”
Entidade quer vagas de Zona Azul
O setor de construção civil vai encaminhar à Prefeitura, nos próximos dias, propostas para tentar diminuir os conflitos gerados com a restrição aos caminhões. Representantes desta área, de supermercados e de transportadoras reclamam dos sacrifícios impostos pelo decreto que limitou a circulação dos veículos pesados durante o dia em uma área de 100 km², pouco maior que o Centro Expandido.
Eles dizem que, se seguirem o decreto que impede o trânsito de dia e a Lei do Silêncio, que veta barulho à noite, a cidade para: não sobraria horário para caminhão.
Uma das ideias que estará na mesa do prefeito, adianta o engenheiro Odair Senra, diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), é solicitar que as vagas de Zona Azul em frente a obras sejam liberadas para a parada de caminhões.
“Assim, por períodos determinados, poderíamos carregar e descarregar materiais”, explica Senra. Segundo ele, os conflitos entre as normas de trânsito e de silêncio deveriam estar no centro das discussões desde o início da norma. “A Prefeitura criou leis em épocas distintas e elas se chocaram.”
Outra entidade que prepara um questionamento à lei é o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga (Setcesp). Francisco Pelúcio, o presidente, diz que vai pedir o fim das restrições aos caminhões leves, os Veículos Urbanos de Carga (VUCs). Desde 1º de agosto de 2008, os VUCs obedecem a um rodízio de placas pares e ímpares na ZMRC, de 10 a 16 horas, além do rodízio normal de veículos. A medida, que foi prorrogada em outubro, vale até 30 de abril. “Fica aquela dificuldade para circular, sempre. Vamos pedir a liberação dos VUCs em audiência com o prefeito em abril.”
A Associação Paulista de Supermercado diz que teve alta de até 30% nos custos com logística de transportes por conta das restrições. O vice-presidente de comunicação, Martinho Moreira, afirma que os estabelecimentos já estão adaptados. “A solução foi optar por entregas fracionadas”.
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