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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Greve da Anvisa afeta distribuição de kits de exame de sangue em SP

Assista ao vídeo da reportagem do Jornal Nacional no link http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/08/greve-da-anvisa-afeta-distribuicao-de-kits-de-exame-de-sangue-em-sp.html


Material importado precisa da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para entrar no país. Grevistas exigem reposição salarial.
A greve dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afetou a distribuição de kits para exames de sangue em São Paulo. O material importado precisa da autorização da Anvisa para entrar no país.


As prateleiras agora vazias costumavam ficar cheias de material que é vendido para os principais laboratórios públicos e privados de São Paulo.

Os dez mil kits que uma distribuidora comprou dos Estados Unidos e da Europa estão presos no aeroporto de Guarulhos, à espera de liberação da Anvisa. O estoque de reagentes para exames de sangue está praticamente zerado.

“E com isso complica bastante o abastecimento hoje e pelo menos até setembro”, afirma o dono da distribuidora, Ricardo Di Dio.

O estoque reduzido para atender os laboratórios é reflexo da greve dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que começou no dia 16 de julho.

Os grevistas, que exigem reposição salarial, fizeram uma manifestação nesta terça-feira (7) no aeroporto de Guarulhos. O protesto teve apoio de auditores da Receita Federal, que estão em operação padrão há 50 dias.

Os dois movimentos atrasam a liberação de mercadorias que entram e saem do país.

“As câmaras frigoríficas estão abarrotadas. Não tem mais condições de armazenamento e as cargas já, provavelmente nessa semana, começarão a ficar no tempo. Não conseguirão adentrar ao armazém”, relata o funcionário da delegacia da Receita Federal do aeroporto de Guarulhos, Carlos Marconi.

O pátio de um dos armazéns de carga do aeroporto de Guarulhos costuma ficar lotado de caminhões, mas com a demora para carregar, a maioria das transportadoras prefere não perder tempo e tem evitado despachar os veículos até o local.

Para atenuar os efeitos da greve, a Anvisa fez convênios com oito estados, autorizando funcionários locais a liberar as mercadorias.

Nesta segunda-feira (7), a agência publicou no Diário Oficial uma medida para evitar a superlotação dos armazéns de portos e aeroportos. A liberação ocorrerá de forma imediata na importação de bens e produtos sujeitos à Vigilância Sanitária, sejam eles perecíveis ou não. É o caso dos medicamentos.

Com essa determinação, as empresas poderão retirar os produtos dos armazéns e levá-los lacrados para um depósito próprio.

A indústria farmacêutica, que já tem 1.200 lotes de medicamentos retidos, diz que a medida era necessária, mas que não resolve o problema.

“Qual é o problema fundamental? Os medicamentos vão para dentro das indústrias, mas não podem sair de lá e não podem ser abertos. Ou seja, o hospital, a farmácia, o paciente continuam com problema”, afirma o presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Antonio Britto.

O governo declarou que está analisando as reivindicações dos grevistas.

Fonte: Jornal Nacional Link: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/08/greve-da-anvisa-afeta-distribuicao-de-kits-de-exame-de-sangue-em-sp.html

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Blog Logística Reversa e Sustentabilidade: Participe do V Brasil nos Trilhos em 04 e 05/09 em...

Blog Logística Reversa e Sustentabilidade: Participe do V Brasil nos Trilhos em 04 e 05/09 em...: O transporte ferroviário é cada vez mais importante em nosso país. As cargas transportadas em nossas ferrovias já totalizam mais que o dobro...

Prime Cursos - Cursos Livres Online Gratuitos com certificação

Para quem quer se atualizar sobre a área de logística e afins e está com pouco dinheiro para fazer um investimento em um curso técnico ou faculdade, recomendo o curso de qualificação profissional em Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. O curso é online e gratuito! Exige autonomia e disciplina para estudar os materiais diponibilizados.

Há outros cursos com temas interessantíssimos! Vale a pena!!



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sábado, 4 de agosto de 2012

Caminhoneiros - Lei 12.619 - Reportagens Jornal Nacional 04.08.12

Vídeo: Jornal Nacional acompanha rotina dos caminhoneiros nas rodovias federais

Infraestrutura para motoristas pode encarecer frete - O Estado de São Paulo

O Estado de S.Paulo - 04.08.2012

A greve dos caminhoneiros chegou ao fim, mas a discussão da categoria com o governo para aprimorar o texto da Lei 12.619, que enquadra o motorista profissional na jornada máxima de oito horas, ainda deve durar algum tempo. De acordo com Nelson Costa, da Ocepar, para se adequar à nova lei a frota teria de crescer 30%. Segundo ele, há necessidade de investimentos em estrutura para receber os motoristas. Costa cita o exemplo do Paraná, onde um caminhoneiro que sai de Foz do Iguaçu para o porto de Paranaguá tem que dormir em Ponta Grossa, onde não há infraestrutura para recebê-lo.

O economista Luiz Fayet, consultor para assuntos de logística e infraestrutura da CNA comenta que a alternativa ideal seria o investimento no transporte hidroviário para o melhor aproveitamento dos portos da Região Norte no escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste, que não precisaria atravessar o País em direção a Santos e Paranaguá. Ele cita dados da CNA de 2009, segundo os quais 84% das exportações de soja e milho saíram pelos portos do Sul e do Sudeste.

Fonte: O Estado de São Paulo


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vídeo Waldez Ludwig - Programa Sem Censura

Olá...

Recomendo assitir os vídeos de Waldez Luiz Ludwig, que é professor, consultor em gestão empresarial e palestrante. No site http://www.ludwig.com.br/ constam dezenas de vídeos de suas palestras/entrevistas disponíveis para download. Ele trata de temas relativos a liderança, estratégia, excelência, inovação, talento, mercado de trabalho, dentre outros. São vídeos dinâmicos e que provocam a reflexão.

Vídeo Waldez Ludwig - Programa Sem Censura

Abraço,
Fabiana

terça-feira, 31 de julho de 2012

Projetos de logística terão mais crédito do BNDES

Autor(es): Por Tainara Machado
De São Paulo

Valor Econômico - 31/07/2012

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá financiar em condições "bastante favoráveis" os projetos na área de logística que deverão ser concedidos à iniciativa privada ainda neste ano, afirmou ontem, em São Paulo, o presidente da instituição, Luciano Coutinho.

"Este é um setor prioritário para o governo, porque os gargalos nos sistemas logísticos brasileiros afetam os custos da indústria de serviços e precisam de investimentos com urgência", afirmou, após participar de seminário promovido pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) sobre o papel do BNDES no estágio atual da economia brasileira.

Coutinho disse ainda que "o governo federal pretende incentivar muito a participação do setor privado em concessões da área de logística no país, principalmente portuária, ferroviária e nas rodovias, para acelerar os investimentos".
Apesar do discurso do governo, que enfatiza a preocupação com os projetos de infraestrutura, os desembolsos do BNDES para projetos desse tipo recuaram nos 12 meses até junho de 2012, somando R$ 54,6 bilhões. Se mantido o ritmo até o fim do ano, o resultado será de queda em relação ao ano passado, quando o BNDES concedeu R$ 56,1 bilhões nessa rubrica.

Segundo Coutinho, a comercialização de caminhões comprometeu o desempenho no período, já que as aquisições desses veículos é contabilizada como investimento. A introdução, em janeiro deste ano, do novo padrão de emissão de poluentes, o Euro 5, levou a uma forte concentração de vendas em dezembro do ano passado. A formação de estoques elevados prejudicou o desempenho do setor no primeiro trimestre deste ano.
"A mudança de padrão comprometeu um pouco o resultado no primeiro semestre, mas com certeza os desembolsos vão voltar a crescer nos próximos anos. Esses projetos são essenciais para o Brasil e exigem apoio do sistema privado", disse Coutinho.

O presidente do BNDES também voltou a afirmar que o Brasil tem uma fronteira de investimentos rentáveis a ser explorada nos próximos anos. Isso somado à saudável situação fiscal do país, a existência de um Banco Central competente e capacitado e o processo "histórico" de redução dos juros o deixam "convicto de que o Brasil é uma economia com todas as condições para sustentar uma taxa expressiva de crescimento nos próximos anos, superior a 4%". Em relação às perspectivas para este ano, o presidente do BNDES limitou-se a dizer que a economia "vai se recuperar".
Pelas projeções do banco de fomento, os investimentos no país devem crescer a uma taxa anual de 6% entre 2012 e 2015, "mas vamos trabalhar duro para ampliar esse crescimento para algo entre 8% e 10%", disse Coutinho. No total, os investimentos no período devem somar R$ 1,8 trilhão.

Fonte: Valor Econômico / Portal MP

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Vídeo: O Sistema Just-in-Time

Olá,

Para entender melhor o funcionamento do sistema Just-in-Time recomendo que assistam aos vídeos dispníveis abaixo, produzidos por Philip Stockton que demonstram  "O Sistema Just-in-Time".

Abraços,
Fabiana 


Vídeo: O Sistema Just-in-Time (Parte 1 de 2)


    Disponível em You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=GXxkX4eCZgE

    Vídeo: O Sistema Just-in-Time (Parte 2 de 2)

Filme "A Meta" You Tube

Olá,

No site de compartilhamento de vídeos You Tube, há disponível o filme "A Meta", apenas na versão em espanhol, mas é possível entender. Seguem links para acesso:

"La Meta - parte 1" 



"La Meta - parte 2"


Disponível no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=hxtIdZ00fRM&feature=relmfu - acesso em 23.07.12

"La Meta - parte 3"


Disponível no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=PMzXTRKRkqU&feature=related - acesso em 23.07.12

Continuo recomendando a leitura do livro "A Meta". Livro muito bom para a área de logística, produção e administração.

Abraço,
Fabiana

ABC paulista sente os efeitos da crise


Olá...
O ponto de partida para todos os esforços logísticos/movimentação da cadeia logística é a demanda, ou seja, a procura por determinado produto ou serviço, o desejo de compra, a efetivação da compra pelos consumidores/clientes aos milhares e milhares de produtos e serviços que tem a sua disposição. A redução na demanda acarreta em redução de postos de trabalho, osciosidade na estrutura logística, seja ela, produtiva, de distribuição, de suprimentos, altos estoques etc. Um verdadeiro ciclo vicioso muito negativo. O governo tem tentado estimular o consumo, e consequentemente a demanda, exercendo pressão sobre os bancos para a redução da taxa de juros cobrada nos empréstimos, ou seja, aumentando a oferta de crédito. Também com a redução da taxa Selic para 8%, redução do IPI para compra de diversos produtos, atualmente para carros. Todas são medidas que visam estimular o consumo e incentivar a competitividade da indústria brasileira. Vejo como ponto crucial a Reforma Tributária, visto que de 01.01.2012 à 23.07.2012 14h01 foram mais de 855 bilhões de reais em impostos, o que afeta drasticamente tanto a competitividade da indústria/serviços como o consumo. Vide Impostômetro (http://www.impostometro.com.br/). Reforma fiscal, arrecadação x gasto público, maior eficiência no gasto público e ênfase nos investimentos. A estrutura logística / cadeia produtiva é afetada por alterações econômicas e crises, e flexibilidade organizacional, além de um bom fluxo de caixa, são necessários para o enfrentamento de "tempos difíceis".

Deixe seu comentário,

Abraço,
Fabiana

ABC paulista sente os efeitos da crise

Fonte: O Estado de S. Paulo - 23.07.2012

Link: http://www.estadao.com.br/noticia_imp.php?req=impresso,abc-paulista-sente-os-efeitos-da-crise-,904080,0.htm

Três cidades da região estão entre as dez que mais demitiram na indústria no Estado de São Paulo entre janeiro e maio, aponta Caged

LUIZ GUILHERME GERBELLI - O Estado de S.Paulo

Os pequenos e médios empresários da cadeia automobilística do Grande ABC estão desanimados. O primeiro semestre foi ruim. E, por enquanto, não há uma expectativa de melhora. Na avaliação dos executivos, dois fatores têm dificultado a retomada: o desaquecimento da economia e a concorrência com importados.

A apatia da região parece ser um retrato fiel da crise enfrentada pela indústria no País. No Estado de São Paulo, três cidades do Grande ABC estão entre as dez que mais perderam empregos na indústria, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Entre janeiro e maio, depois da líder São Paulo, com saldo negativo de 1.844, aparecem São Bernardo do Campo (-1.633) e Mauá (-1.135) como as cidades mais prejudicadas pela redução das vagas na indústria.

A encruzilhada enfrentada pela cadeia automobilística ocorre porque a baixa nos estoques ainda não causou a retomada da produção. Em julho, enquanto os estoques foram reduzidos de 43 dias para 29 dias por causa do IPI menor, a produção recuou 2,5%. "Algumas empresas estão tão descapitalizadas que não têm dinheiro nem para mandar funcionários embora", diz Hitoshi Hyodo, diretor do Centro das Indústrias de São Paulo (Ciesp) de São Bernardo do Campo.

A última pesquisa realizada pela própria Fiesp/Ciesp mostrou uma queda maior do nível de emprego no Grande ABC do que em outros locais de São Paulo. No primeiro semestre, houve um recuo de 4,44% no emprego na região. No Estado de São Paulo, a redução foi menor, de 3,19%.
"A situação está muito negativa no Grande ABC. E serve como um termômetro. O que será daqui a cinco anos? Essa virou uma grande questão", afirma Daniel Adolfo, diretor da Engap Mecânica, de Santo André. Há 17 anos no mercado, a empresa diminuiu a quantidade de funcionários de 28 para 18 por causa da baixa demanda.

Além da desaceleração da economia, as empresas do Grande ABC reclamam do elevado custo de produção e da excessiva carga tributária, o que dificulta a competição com produtos importados. O empresário Emanuel Teixeira, da Metalmech e diretor titular do Ciesp de Santo André, conta que foi procurado por uma montadora para fornecer peças para um novo automóvel. Na cotação dele, a peça sairia por R$ 0,29, mas a montadora queria R$ 0,14. "Mas só de matéria-prima meu gasto seria de R$ 0,12", afirma. "Isso deixa muito difícil."

O momento atual da indústria do Grande ABC soa como um déjà vu para boa parte do empresariado local. Na memória deles está o estrago que a crise financeira iniciada em 2008 nos Estados Unidos causou na indústria. Na época, o governo lançou medidas de estímulo para setor automotivo e, dessa forma, impulsionou a atividade.

"Em 2008, foi mais ou menos nessa proporção. Agora, eu acho que está mais forte porque as margens do preço estão baixas. Antigamente, as margens eram maiores e você conseguia administrar a queda", diz o empresário Wilson Paschoal. Ele é a segunda geração no comando da Metalúrgica Paschoal.

Demissão. A falta de perspectiva faz com que alguns empresários admitam rever o quadro de funcionários nos próximos meses."Os pagamentos estão em dia. Possivelmente, haverá uma redução de funcionários. É a primeira coisa que se faz. Não cortamos cafezinho porque isso não resolve", diz um empresário de São Bernardo do Campo que pediu para não ser identificado.

Cortes. Demanda em queda fez a Engap reduzir o número de funcionários de 28 para 18.

domingo, 22 de julho de 2012

Caminhoneiros com dívidas são discriminados por transportadoras - O Globo

Autor(es): Cristiane Bonfanti
O Globo - 22/07/2012
Ministério Público tem ações contra empresas que levantam dados de motoristas

BRASÍLIA . Às vésperas de uma paralisação nacional da categoria, marcada para o próximo dia 25, os caminhoneiros, já acuados pelas precárias condições de trabalho e pelo sucateamento da malha rodoviária, sofrem nova forma de discriminação. O Ministério Público do Trabalho está com seis ações civis públicas em andamento contra gerenciadoras de risco e seguradoras que fazem uma varredura na vida dos motoristas e organizam um banco de dados com informações pessoais e creditícias a respeito desses profissionais.

Quando não têm essas informações, as seguradoras exigem que as transportadoras consultem esses cadastros, incluindo SPC e Serasa, como condição para garantir as cargas. Quem tem restrições de crédito acaba não conseguindo emprego.

O procurador do Trabalho Carlos Eduardo Brisolla afirmou que o MPT já identificou, ao todo, 12 empresas que atuam de forma discriminatória e que entrará com ações civis públicas contra as outras seis, caso não aceitem acordo. A exigência é para que as companhias não apenas deixem de consultar o SPC e o Serasa, mas também para que paguem uma indenização, cada uma, de R$ 400 mil por danos morais coletivos. Na avaliação de Brisolla, a consulta fere a intimidade dos trabalhadores:

- As empresas devem tomar medidas para se proteger. Mas cadastros de crédito, embora públicos, não podem ser usados para restringir o acesso a emprego, principalmente nesse caso.
Sem emprego, trabalhador não tem como pagar dívida

Iniciados a partir de denúncias dos sindicatos, os processos instaurados pelo MPT são contra as empresas GPS Logística e Gerenciamento de Riscos - Pamcary; Brasil Risk; Grupo GV Risco; e Liberty Seguros S.A. As últimas duas, protocoladas na última quarta-feira, dizem respeito à Mapfre Seguros e à Buonny.

Um caminhoneiro autônomo de Minas Gerais que prefere não se identificar não consegue emprego com carteira assinada há quatro anos, desde que teve o nome negativado no SPC. Ele havia comprado um caminhão, em 36 parcelas de R$ 1,9 mil, mas não conseguiu honrar o compromisso. Hoje, aos 63 anos de idade, já encontrou portas fechadas em mais de dez firmas e diz viver de "bicos". Os rendimentos, antes de R$ 6 mil por mês, caíram para cerca de R$ 1 mil.
- As empresas não assinam minha carteira e, mesmo como autônomo, não consigo trabalho por causa das restrições das seguradoras. Como vou pagar dívida sem emprego? - desabafou.

É justamente por causa dessas barreiras que o motorista Gilson Militão, 48, faz as contas para manter o orçamento em dia. Há 30 anos na profissão, diz que ficou, no máximo, três meses desempregado. Mas tem visto muitos sofrerem discriminação por causa de restrições creditícias.

O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP), Norival de Almeida Silva, disse que o problema é tão grave que, há um ano, a entidade criou uma câmara de conciliação para resolver os conflitos entre as gerenciadoras e os motoristas. Em vez de entrar na Justiça, o sindicato busca uma solução nas empresas que mantêm o cadastro com dados desabonadores, o que pode reduzir o tempo de espera de três anos para 60 dias. Por mês, 120 profissionais de todo o Brasil procuram ajuda.
- Esses cadastros pegam tudo, desde uma conta de varejo não paga até pensão e IPTU de anos atrás - afirmou Silva.

Erivaldo Adami, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Urbanos de Divinópolis, em Minas Gerais, recebe pelo menos 20 reclamações por mês de motoristas que não conseguem emprego por causa de restrições.
- O transportador já é considerado como um bandido de cara - criticou.

O GLOBO teve acesso a uma apólice do contrato com a Porto Seguro Cia de Seguros Gerais que mostra que o segurado precisa obter, antes do carregamento do veículo transportador, liberação para embarque por meio da consulta ou cadastro em empresas especializadas, inclusive no que diz respeito aos motoristas. Procurada, a empresa não se pronunciou até o fechamento desta edição.
TST já reconhecera direito de empregador checar SPC

Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny e da Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento (Gristec), contestou a acusação do MPT. Ele alegou que nenhum motorista é barrado por ter dez cheques devolvidos. Mas que uma dívida alta, de R$ 30 mil ou R$ 80 mil, pode estar relacionada a um caminhão que não foi pago, o que, numa fiscalização, comprometeria a carga.

- A seguradora é soberana em seu negócio e compra o risco que quiser. Nós apenas prestamos as informações. A reclamação dos sindicatos é tendenciosa e vamos recorrer até a última instância - disse ele.

O Grupo GV informou que não tem qualquer conduta discriminatória nem viola a intimidade dos motoristas, já que a pesquisa de dados é realizada em órgãos públicos e privados. Mas confirma que, se o nome do motorista estiver sujo, o seguro pode ser mais caro. A Pamcary confirmou que consulta o SPC e o Serasa, mas disse que isso não desqualifica o motorista. A Brasil Risk disse que só faria qualquer comentário na Justiça.

O Grupo Mapfre disse que não foi notificado oficialmente. A Liberty Seguros disse que não verifica informações pessoais e creditícias dos motoristas de cargas. Afirmou que as consultas estão relacionadas à atividade das transportadoras, ao mercado de transporte em geral, independentemente da existência de seguro.

A exigência esquenta uma discussão que, antes, estava focada no comércio. No início do ano, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já havia reconhecido o direito de um empregador consultar o SPC antes de contratar seus funcionários. A postura é contestada por sindicatos. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) informou que não faz qualquer recomendação sobre criação ou consulta de cadastro sobre os transportadores. Mas observou que as seguradoras são livres para estabelecer critérios internos, que incluem a exigência da informação de dados pessoais e creditícios.

Fonte: O Globo
Link: http://extra.globo.com/noticias/economia/caminhoneiros-com-dividas-sao-discriminados-por-transportadoras-5554448.html

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Texto "Ações coordenadas na logística reversa"

Olá pessoal, 

Recomendo a leitura do texto abaixo da autora Ana Luci Limonta Esteves Grizzi, que ressalta que devem existir ações coordenadas, integradas e muito bem articuladas para que se efetive a estruturação dos canais de distribuição reversos. Para que haja a aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deve existir a articulação entre as diversas esferas do poder público, sociedade civil, cooperativas de catadores e população.  Ações isoladas apenas tornará o processo mais demorado, oneroso e haverá retrabalho. O planejamento minucioso e a colaboração entre os diversos agentes envolvidos são a chave para o êxito dada PNRS.

Abraço e boa leitura,
Fabiana

Ações coordenadas na logística reversa
Autor(es): Por Ana Luci Limonta Esteves Grizzi
Valor Econômico - 17/07/2012


Eletroeletrônicos, lâmpadas, medicamentos, embalagens em geral (exceto de produtos perigosos), óleos lubrificantes, pneus, pilhas e baterias, embalagens de defensivos agrícolas...O que esses produtos têm em comum?
Todos, no fim de vida útil, devem ser devolvidos. Mas devolvidos a quem? Aos comerciantes e distribuidores que os colocaram no mercado. E então? Comerciantes e distribuidores os devolvem para fabricantes e importadores, para que estes providenciem destinação ambiental adequada. Essa sistemática de logística reversa está prevista na Lei nº 12.305, de 2010, nossa Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), consolidando a responsabilidade ambiental pós-consumo.
Para os segmentos de defensivos agrícolas, pneus, pilhas e baterias (de composições específicas) e óleos lubrificantes, a logística reversa não é novidade. Há muito esses setores têm obrigação legal, prevista em normas federais esparsas, de dar destinação ambientalmente adequada aos resíduos de seus produtos e/ou embalagens após uso e devolução pelo consumidor.
Se cada Estado e o MP impor uma obrigação, as empresas não conseguirão cumprir
Para os demais segmentos, apesar de existirem normas estaduais e municipais de logística reversa, em sua maioria, elas não "saíram do papel".
Esse cenário ambiental normativo é compatível com nossa Constituição Federal: competência legislativa concorrente e interesse local. Porém, na prática, a existência de inúmeras normas nas diferentes esferas para regular um único comportamento do setor empresarial tem efeito devastador: efetividade praticamente nula (no jargão jurídico: eficácia contida ou limitada e aplicabilidade mediata e reduzida), propiciando insegurança jurídica.
Com a publicação da PNRS, em 2010, esperava-se que os agentes ambientais atuassem coordenamente: Ministério do Meio Ambiente (MMA) alinharia a estrutura da logística reversa no país conjuntamente com Estados, municípios e Ministério Público. Ou seja, até a assinatura dos acordos setoriais, as discussões estariam concentradas na esfera federal.
Naturalmente, após a assinatura dos acordos, conforme previsto na PNRS e em nossa Constituição, discussões regionais ou locais ocorreriam, mas já teríamos diretrizes gerais e viabilidade técnico-econômica comprovada para cada segmento. Daí em diante, especializações das tratativas via Estados, municípios ou Ministério Público seriam razoáveis.
Afinal, se a finalidade da PNRS é o gerenciamento ambiental adequado dos resíduos pós-consumo, melhor seria termos norma federal eficaz regendo o sistema de logística reversa do que milhares de ações esparsas, certo? Errado!
Hoje, a realidade é: enquanto o setor empresarial discute a logística reversa no Ministério do Meio Ambiente, alguns segmentos enfrentam:
(i) ação civil pública, demandando implantação/expansão de sistema de logística reversa e prestação de informações aos consumidores;
(ii) termo de ajustamento de conduta para implantação/expansão de sistema de logística reversa com obrigações que extravasam a responsabilidade compartilhada prevista na PNRS;
(iii) termos de compromisso para implantação/expansão de sistema de logística reversa.
Ora, se cada Estado e Promotoria decidir impor obrigação de logística reversa específica, certamente, o setor empresarial não conseguirá cumpri-la.
Vejamos: o setor empresarial firmaria 26 termos de compromisso estaduais, 26 termos de ajustamento de conduta com o Ministério Público (mesmo esse não sendo o instrumento adequado) e mais, quem sabe, por volta de 5.500 termos de compromisso com nossos municípios? Seria este realmente o cenário almejado pelo legislador ambiental? Será que assim caminharemos para o desenvolvimento sustentável? Na minha opinião, não.
Se esse for o desfecho, sairemos todos perdendo: o setor empresarial, porque estará sujeito a penalidades por descumprimento, o governo, porque não conseguirá implantar adequadamente a política pública ambiental de responsabilidade pós-consumo, o Ministério Público, porque ao atuar como fiscal da lei acabou tornando-a inócua, e, pior, a sociedade, porque o tão almejado desenvolvimento sustentável continuará uma utopia.
Na minha experiência diária com a questão da logística reversa em diversos segmentos, deixo aqui uma sugestão de reflexão: que tal Estados, municípios, MMA e Ministério Público agirem coordenadamente nas discussões dos acordos setoriais para que nosso país estruture sistemas de logística reversa viáveis e efetivos que propiciem a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento, destinação de resíduos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos?
Ana Luci Limonta Esteves Grizzil é coordenadora da área ambiental do Veirano Advogados, especialista em direito ambiental pela Faculdade de Direito e Faculdade de Saúde Pública da USP e mestre em direito pela PUC-SP
Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações



Fonte2: Valor Econômico - 17.07.2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

Cursar Graduação Logística EaD

Olá... bom dia!! 

Já há algum tempo é possível cursar a graduação tecnológica em Logística Empresarial na modalidade a distância. É uma modalidade indicada para quem necessita de flexibilidade em seus estudos, já que muitas vezes compromissos profissionais e também familiares impossibilitam o aluno de cursar uma graduação convencional, por conta do horário rígido. É importante ressaltar que as exigências são as mesmas, tanto para o ensino a distância, quanto para o ensino presencial. A educação a distância permitirá o aluno se organizar e flexibilizar o horário/momento de seus estudos. Há inúmeras instituições de ensino que oferecem o curso de logística na modalidade a distância. Dentre eles destaco o oferecido pela Universidade Metodista, que conheço, por fazer parte de seu corpo docente.


http://www.metodista.br/ead/logistica

Pesquisas indicam que em muitos cursos/área o aluno EaD tem seu desempenho igual ou melhor do que o aluno do presencial. Tenho a impressão que isto se deve ao fato de que os alunos EaD são mais autônomos no processo ensino-aprendizagem.


Estou em minha segunda pós-graduação a distância, a primeira pela Universidade Metodista, Docência no Ensino Superior; a segunda, pela Universidade Federal Fluminense, Planejamento, Implementação e Gestão de Educação a Distância; e recomendo veementemente.

Vejo a Educação a Distância como potencializadora do acesso a educação formal à milhares e milhares de pessoas. E acredito que a construção de um país melhor, menos desigual, apenas se dará pela educação e formação dos cidadãos.

Sendo assim, aos "logistiqueiros de plantão" que desejam dar um "up" ao currículo, recomendo Graduação Tecnológica em Logística, seja ela na modalidade presencial ou na modalidade a distância. Ambas lhe proporcionarão uma formação de qualidade, trazendo-lhe aplicabilidade ao seu dia-a-dia no mundo da logística.

Abraço,

Fabiana



segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cursos na área de Logística - Programa ViaRápida Emprego


Olá pessoal... 

O programa do Governo do Estado de São Paulo, denominado ViaRápida Emprego oferece diversos cursos básicos de qualificação profissional, de maneira gratuita.  Há vários cursos para a área de Logística, conforme abaixo, com duração entre 30 a 90 dias. Para se inscrever basta acessar a página do programa, disponível no link: http://www2.viarapida.sp.gov.br/viarapida/cadastrese.jsp

*Verifique quais cursos são oferecidos na sua cidade. 
  •        Assistente de Logística
  •        Assistente de Logística Portuária
  •        Assistente de Logística Portuária
  •        Logística Básica
  •        Operador de Empilhadeira com Noções de Logística
  •        Operador de Gate Logístico Portuário
  •        Almoxarife e Estoquista
  •        Almoxarife e Repositor de Mercadorias
  •        Assistente Administrativo em Transporte
  •        Capacitação de Motorista de Transporte Urbano 

Abraço, Fabiana



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sábado, 30 de junho de 2012

Prestação de serviços de logística gera negócios lucrativos

Esta é uma reportagem muito interessante do programa Pequenas Empresas 

Grandes Negócios. Para assistir o vídeo da reportagem acesse o link 



Fonte: G1 - Pequenas Empresas Grandes Negócios - 11.03.2012


Previsão é de crescimento no mercado em 2012. Supermercados, varejistas e indústrias costumam contratar serviço.

A previsão é de crescimento no mercado de logística em 2012, com faturamento que deve chegar a quase R$ 450 bilhões este ano. Empresários investem no setor de prestação de serviços para grandesempresas e geram negócios lucrativos.

Com um leva e traz de mercadorias, o empresário Roberto Dexheimer fatura alto. Há três anos, ele encontrou no mercado de logística uma grande oportunidade de negócio e criou uma empresa, na capital paulista. No espaço, ficam armazenados diversos tipos de produtos, de vestuário a utilidadesdomésticas e peças decorativas. O começo foi numa grande rede de supermercados.
“Contratamos 51 funcionários para fazer a operação de intralogística dentro das instalações de nossos clientes. E aí a empresa começou a crescer e a gente sentiu a necessidade de montarum armazém”, explica o empresário.

Hoje a empresa tem 300 funcionários, que trabalham numa área de 3 mil metros quadrados. Além da armazenagem dos produtos, é feita a distribuição logística para clientes espalhados por todo Estado de São Paulo.



E uma dica para quem quer trabalhar no setor é que o serviço costuma ser contratado por redes de supermercados, varejistas e indústrias. “Eles preferem manter o espaço que eles têm como espaço produtivo, espaço industrial, já que a armazenagem é considerada improdutiva para ele. Então há necessidade de terceirizar essa operação”, diz Dexheimer.



Os serviços começam com o recebimento das mercadorias. Em um galpão tudo é checado e separado por cliente. Depois, os produtos embalados e etiquetados seguem para a expedição. O transporte de mercadorias é feito com uma frota de oito caminhões.



O investimento para montar toda a estrutura foi pesado: R$ 1,5 milhão. Mas o faturamento é alto: R$ 8 milhões por ano.



Carlos Porto terceiriza a logística para a empresa dele. Dono de uma importadora de utilidades domésticas, ele usa o serviço para a distribuição das mercadorias para lojas e supermercados.



Com isso, ele gasta cerca de R$ 4 mil por mês. “A empresa ficou com mais tempo para as vendas, que é o nosso negócio hoje. E a parte operacional, relacionada com a parte de a armazenagem, ficou com a empresa terceirizada”, explica.



Logística reversa
E o empresário Adalberto Panzan se especializou na chamada logística reversa. A empresa dele projeta crescimento e bons lucros para 2012. Ele transporta, separa e destina resíduos, mas no sentido contrário: do consumidor final para as indústrias.



A empresa coleta pilhas, baterias, cartuchos de impressora, lâmpadas e sucatas de computador. Tudo é encaminhado para recicladoras especializadas. O negócio começou pequeno: em uma salinha de 50 metros quadrados e com um investimento de R$ 100 mil.



Em uma área de 1.300 metros quadrados ficam os produtos que são coletados em mais de 3 mil pontos espalhados por todo o país. É a etapa intermediária de toda a operação logística. Quando o material chega até ao local, é separado em baias para depois ser transportado para a reciclagem, que é a destinação final.



O transporte é feito por carros próprios e terceirizados. Tudo segue encaixotado em embalagens para evitar contaminação de resíduos.



“Uma das principais demandas da nossa operação é que nós temos rastreabilidade disso tudo, ou seja, que nós saibamos de onde está vindo aquela pilha e para onde ela vai. Então isso envolve não só informação, mas também documentação para certificar isso”, diz o empresário.



A coleta é feita em escolas, empresas, hospitais e hotéis. Nesses pontos são instalados coletores para que as pessoas possam depositar os resíduos para a reciclagem. Em um hotel, a coleta de pilhas é feita há dois anos. O estabelecimento paga R$ 180 por mês pela retirada do material.



“Nós vimos a necessidade, como o hotel consome muita pilha (...), pela sustentabilidade, meio ambiente e pelo fato de a pilha soltar um material que é muito danoso para o meio ambiente”, diz John Rudy, supervisor de serviços do hotel.

O mercado de logística segue em expansão. Fatura R$ 400 bilhões por ano e a previsão para 2012 é de que aumente para R$ 430 bilhões.


“Desde esses períodos pós crise, as empresas começam a mexer bastante em relação a revisar seus processos logísticos, reduzir custos, otimizar suas cadeias de produção, então isso gera uma demanda muito grande para operadores logísticos, profissionais de logística de um modo geral”, diz Mauro Henrique Pereira, da Associação Brasileira de Logística.

sábado, 16 de julho de 2011

Aumento de estoques estimula férias na indústria e promoções no comércio

Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo

Porcentual de empresas com estoques excessivos aumentou em junho, pelo segundo mês seguido, em 9 entre 14 setores pesquisados

16 de julho de 2011 | 18h 19

O descompasso entre o ritmo de produção das fábricas e as vendas do varejo provocou um aumento dos estoques em setores importantes, como carros, embalagens, materiais de construção e até alimentos na virada do semestre. Com encalhe crescente, houve indústrias que iniciaram o mês dando férias ou cortando hora extra. O comércio reduziu pedidos e optou por promoções nas quais na compra de um item, o segundo é de graça.
Dados da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que, pelo segundo mês seguido, a fatia de empresas com estoques excessivos aumentou em junho e atingiu 5,3%. De 14 setores pesquisados, em 9 cresceu o porcentual de companhias que declararam ter estoques acima do normal na comparação com maio. A pesquisa já desconta o comportamento típico de cada mês. Quando se leva em conta junho de 2010, o período mais recente de estoques baixos, o volume de produtos indesejáveis cresceu em todos os setores pesquisados, exceto nos eletrônicos, observa o responsável técnico pela pesquisa, Jorge Ferreira Braga.
Quase todos os segmentos de embalagens registraram em junho um aumento da parcela das empresas com estoques excessivos. Em junho, 52,5% dos fabricantes de embalagens metálicas e 15,9% das indústrias de material plástico para embalagens informaram que estavam com volumes excessivos de produtos.
Segundo Braga, o aumento dos estoques de embalagens é um termômetro importante de outros setores. Está relacionado com a redução da demanda interna por bens duráveis e não duráveis, em resposta ao aperto no crédito dado no fim de 2010 e aos aumentos sucessivos na taxa de juros desde janeiro. "A demanda diminuiu, mas a produção continuou no ritmo anterior. É claro que esse movimento acabaria provocando acúmulo de estoque", diz o economista.
Braga exemplifica o descompasso entre demanda e produção. Em maio, por exemplo, 38,5% das indústrias em geral planejavam aumentar a produção entre maio e julho. No mês seguinte, esse índice subiu para 38,6%. Já a parcela de empresas que consideravam a demanda forte em maio estava em 19,2% e recuou para 15,3% em junho.
"Todo mundo hoje está com estoque porque o crescimento do PIB vai ser menor", diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico, José Ricardo Roriz Coelho. Ele conta que os estoques do setor chegaram a 25 dias e o normal é 20. Esse acréscimo, segundo ele, ocorreu por causa da redução das encomendas das indústrias de alimentos, da construção civil e das montadoras de veículos.
Na semana passada, a Fiat deu férias coletivas para um turno dos trabalhadores da fábrica de Betim (MG). Segundo a FGV, 8,9% das montadoras tinham estoques excessivos em junho ante 0,5% em maio. Entre indústrias e concessionárias, há o equivalente a 33 dias de vendas de carros nos pátios, um volume muito próximo do considerado crítico para o setor, que é de 35 dias.
O encalhe de veículos fez revendas de três marcas concorrentes (GM, Nissan e Fiat) se unirem para desovar cerca de 2 mil carros. Três concessionárias decidiram fazer hoje e amanhã o primeiro feirão de rua, na Avenida Nazaré, no Ipiranga. "A expectativa é vender 400 carros", diz o diretor da Itororó, Gilberto Antonialli. Entre as vantagens oferecidas está o primeiro pagamento só para novembro, quando é a paga a 1.ª parcela do 13.º salário.
Fonte: O Estado de São Paulo - 16.06.2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pesquisa sobre Sites de Compras Coletivas

Olá Pessoal, boa noite!
Estou realizando uma pesquisa sobre sites de compras coletivas.
Gostaria da ajuda de vocês para que respondam o questionário que está disponível no link abaixo, bem como, por gentileza, divulguem à seus contatos. (O questionário é bem rápido, leva menos de 5 minutos).

https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dFlmT1RqLWtvMkR0UURoeUlzaFhFRlE6MQ

Agradeço imensamente a ajuda,

Grande Abraço,

Fabiana Martins de Souza
______________________________
___________________________________

Olá!

Você já ouviu falar de sites de leilão e de compras coletivas Exemplo: Clickon, Groupon e Peixeurbano?

A Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) e a Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) estão te convidando a fazer parte dessa pesquisa.

Indique com um clic sua opinião sobre as frases abaixo sem se identificar. Sua sincera opinião é a garantia de sucesso desse estudo.

Muito obrigado, Professores Fabiana, Douglas e Otavio Sanchez

E-mail para contato: filenga@gmail.com,  souza.m.fabiana@gmail.com

https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dFlmT1RqLWtvMkR0UURoeUlzaFhFRlE6MQ

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Exportação enfrenta empecilhos

Muito além do câmbio
Autor(es): Victor Martins
Correio Braziliense - 24/10/2010
  A força do real frente ao dólar não é o único fator que emperra o mercado exportador brasileiro. A alta carga tributária, a complexidade do sistema de cobrança de impostos e as dificuldades na logística, na infraestrutura e nos transportes de mercadorias voltaram a ser alvo das reclamações do setor produtivo.

CONJUNTURA
A competitividade dos produtos brasileiros não é afetada só pela força do real frente ao dólar. O peso dos impostos, a burocracia e a infraestrutura deficiente criam custo extra de 43,85% e prejudicam exportações
 
O fortalecimento do real está longe de ser o único problema para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado global. Quando a moeda nacional estava desvalorizada, o Custo Brasil passava razoavelmente despercebido na vida das empresas, pois o câmbio acabava impulsionando as exportações. Com a continuidade da tendência de derretimento do dólar, apesar da recuperação de 2,58% na semana que passou, fatores como a alta carga tributária, a complexidade do sistema de cobrança de impostos e as dificuldades na logística, na infraestrutura e nos transportes de mercadorias voltaram a estrangular o setor produtivo.

Nos cálculos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), esses custos tornam produzir no Brasil 43,85% mais caro do que em alguns de seus principais concorrentes nas vendas de itens industrializados. As indústrias nacionais reclamam que, além de o muro que dificulta a conquista do mercado externo ter aumentado ao longo do tempo, elas passaram a enfrentar concorrência acirrada no próprio quintal. A despeito de virem de longe, os importados conseguem chegar aqui a um preço atraente para o consumidor, favorecido pela elevação da renda e pelo câmbio.

Com a guerra cambial inaugurada pelo derretimento do dólar e pela manutenção da moeda chinesa, o iuan, artificialmente desvalorizada, o abismo existente entre os custos de produção brasileiros e os do restante do mundo ficou evidente. Quando o dólar chegou ao fundo do poço, deixou de compensar as graves deficiências estruturais que fazem um produto nacional quase dobrar de preço, como os fretes caros necessários para compensar os prejuízos oriundos de estradas quase intransitáveis. De acordo com especialistas, por incrível que possa parecer, é mais barato enviar uma carga para a China, embarcada em navios, do que mandá-la em caminhões do Distrito Federal ao Norte do país, por exemplo.

Enquanto nos Estados Unidos e na Alemanha é possível fabricar um produto pelo equivalente a US$ 100, aqui esse mesmo item sairia por US$ 143,85, segundo a estimativa da Abimaq. O contraste entre os dois valores se deve ao impacto, do lado de cá, de impostos pesados, da burocracia exagerada e de outras amarras impostas ao setor produtivo. Comparado aos países asiáticos, como a China, que não respeita direitos trabalhistas, a diferença de preço entre as mercadorias orientais e as nacionais chega a ser de quase 100. Os empresários brasileiros estão submetidos a uma série de encargos sociais, que inflam a folha de pagamentos.

Dinamismo
“Em uma economia global, o dinamismo depende do câmbio. Essa desvalorização do dólar tem impactado a competição comercial. Antes, o dólar forte deixava os produtos brasileiros interessantes. Agora, não mais”, afirma Haroldo Mota, professor de finanças da Fundação Dom Cabral. Ele e outros economistas ouvidos pelo Correio elencam diversos fatores que encarecem os produtos brasileiros. Entre esses elementos, o destacado por todos os especialistas como o mais grave é a carga de impostos. “A questão tributária inibe o exportador a agregar valor. Em uma cadeia produtiva longa, são cobrados muitos impostos. É menos oneroso exportar grãos do que óleo de soja”, argumenta Flávio Castelo Branco, gerente da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Batalhão
A burocracia atrelada ao complexo sistema tributário brasileiro, que demanda uma estrutura de funcionários qualificados para desatar seus nós, também tem reflexos negativos sobre a receita das empresas. Um verdadeiro batalhão de administradores, contadores, advogados e burocratas tem de monitorar as despesas e receitas para não incorrer em sonegação fiscal, o que lhe pode custar uma visita pouco amistosa de um fiscal da Receita Federal ou da Secretaria de Fazenda. “É um exército pago pela iniciativa privada trabalhando em prol da máquina pública. São como funcionários públicos indiretos”, critica Mota.

O estudo da Abimaq calcula o Custo Brasil com base em sete fatores. Cada um deles tem impacto sobre a receita líquida das empresas. A logística de transporte de cargas, por exemplo, é 1,90% mais pesado aqui do que nos Estados Unidos. A burocracia, outra questão considerada, demanda 0,40% das receitas. Os impostos sobre insumos básicos, 24,01%. Os tributos arrecadados na cadeia produtiva, somados aos encargos sociais e trabalhistas, 6,97%. Quando calculados todos os fatores que podem tornar o custo de produção mais caro, o empresário necessita desembolsar quase metade das receitas para quitar essas obrigações.

Sinais de deterioração
Em virtude das dificuldades tributárias e de infraestrutura, e do dólar em baixa, o presidente da Câmara Brasil-Alemanha, Weber Porto, endossa a afirmação do candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, de que o Brasil passa por uma “desindustrialização”. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, partidário da candidata petista, Dilma Rousseff, também se mostra preocupado com os sinais de deterioração da indústria, fenômeno conhecido como “doença holandesa”. Apesar dos alertas, o assunto passou praticamente ignorado na campanha eleitoral.

Em encontro empresarial na sexta-feira, Porto disse que as companhias germânicas ainda têm interesse no Brasil, mas já avaliam se o país é realmente a melhor opção de investimento. O alto custo de produção e as taxas de juros salgadas para a produção, além da perda de competitividade com a valorização do real, atrapalham. Se esse pensamento se generalizar, os investimentos estrangeiros produtivos, que têm custeado o deficit das contas externas, vão começar a encolher.

A expectativa dos cerca de 100 analistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central é, porém, de que a entrada de recursos chegue a US$ 30 bilhões neste ano, subindo para US$ 38 bilhões em 2011. Para Flávio Castelo Branco, economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os “gargalos que emperram o desenvolvimento do setor produtivo precisam voltar ao centro do debate econômico”. “Nos últimos anos, pouco se avançou nesses temas e, com essa questão do dólar, esses problemas estão estrangulando a indústria”, alerta. (VM)

Fonte1: Correio Braziliense
Fonte2: Portal Clipping MP
Link: http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/10/24/exportacao-enfrenta-empecilhos - Acesso em 25.10.2010