O Estado de S.Paulo - 04.08.2012
A greve dos caminhoneiros chegou ao fim, mas a discussão da categoria com o governo para aprimorar o texto da Lei 12.619, que enquadra o motorista profissional na jornada máxima de oito horas, ainda deve durar algum tempo. De acordo com Nelson Costa, da Ocepar, para se adequar à nova lei a frota teria de crescer 30%. Segundo ele, há necessidade de investimentos em estrutura para receber os motoristas. Costa cita o exemplo do Paraná, onde um caminhoneiro que sai de Foz do Iguaçu para o porto de Paranaguá tem que dormir em Ponta Grossa, onde não há infraestrutura para recebê-lo.
O economista Luiz Fayet, consultor para assuntos de logística e infraestrutura da CNA comenta que a alternativa ideal seria o investimento no transporte hidroviário para o melhor aproveitamento dos portos da Região Norte no escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste, que não precisaria atravessar o País em direção a Santos e Paranaguá. Ele cita dados da CNA de 2009, segundo os quais 84% das exportações de soja e milho saíram pelos portos do Sul e do Sudeste.
Fonte: O Estado de São Paulo
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