Fonte: O Globo - 19.Ago.09
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Veículos pesados cortam São Paulo. Causam acidentes, destroem o asfalto e expõem a falta de planejamento das metrópoles.
Os caminhões atravessam São Paulo diariamente para chegar ao Porto de Santos. Pelo caminhão, vão quebrando, causando congestionamentos e provocando acidentes. Complicam ainda mais o trânsito já confuso de uma cidade como São Paulo. Muitas vezes a imprudência torna a convivência mais perigosa.
O caminhoneiro está na contramão, em uma das rodovias mais movimentadas do país: a Imigrantes. Ele espera e aproveita o intervalo entre os carros para pegar o retorno. A manobra demora cerca de 20 segundos. Dentro da cidade, mais abuso. O flagrante aconteceu em Osasco, Região Metropolitana de São Paulo. Carregando vigas, o caminhoneiro entrou na rua errada. Em vez de seguir em frente, ele ignora os carros, dá ré e bate no semáforo.
São situações em que o risco se repete. Falha de manutenção, falha humanas? O que se vê é uma rotina de acidentes.
O motorista do ônibus bem que tentou, mas não conseguiu evitar a colisão. A betoneira saiu rapidamente da curva, em uma avenida de Guarulhos. Tombou e atingiu o ônibus e uma van escolar. Ao todo, 16 pessoas ficaram feridas, entre elas, oito crianças. A empresa responsável pelo caminhão diz que vai apurar a conduta do motorista. Os abusos contribuem para a triste estatística.
O motorista de guincho Marco Baltazar Marco trabalha recolhendo os caminhões em uma pequena região da cidade: “Acidente grave é erro humano, aquela suposta cochilada”, comenta.
Os caminhoneiros ainda trabalham muito acima do limite estabelecido por lei. A fadiga e o cansaço estão entre as causas mais comuns de acidentes nas estradas e nas cidades como São Paulo, onde é cada vez mais difícil a convivência com carros, motos e ônibus.
Aparecido Moreira chegou a dirigir 18 horas seguidas quando transportava suco de laranja para o Nordeste. Diz que tem gente que trabalha até mais do que isso: “Trabalha mais de 24 horas. Caminhoneiro não fala, mas são mais de 24 horas”, confirma o caminhoneiro Aparecido Moreira.
Uma pesquisa feita este ano no sistema Anchieta-Imigrantes, que tem um tráfego de seis milhões de caminhões por ano, mostra que mais de 35% dos caminhoneiros trabalham mais de 12 horas por dia, 14% mais de dezoito horas. E mais: 25% dos entrevistados admitem beber.
Segundo o engenheiro de trânsito Luiz Célio Bottura, outro problema comum que ameaça a segurança é a carga com o excesso de peso.
“Hoje não se respeita, por exemplo, a lei da balança. A balança permite carregar 8,5 toneladas por eixo e vemos às vezes 20 toneladas. Um caminhão desse porte com esse peso batendo em alguma coisa é desleal”, aponta Luiz Célio Bottura.
Só pela cidade de São Paulo passam diariamente 210 mil caminhões. Os motoristas desses pesos pesados cometem os mesmos erros e as mesmas imprudências que todos os outros motoristas. O problema é que um erro em um veículo de muitas toneladas tem consequências muito mais graves.
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